domingo, 3 de abril de 2011

Poerrante

O poeta errante sai à procura de carinho
Fita os olhos brilhantes numa fina faixa amarela
Espera ansioso e cheiroso o desembarque dela
Pra nesse março chuvoso não ficar sozinho

Ah doce mera grande ilusão
Fez-se correr atrás de longo passo
Que não deixara pra trás marca no espaço
Mas gravara no peito profunda solidão

Do princípio ao fim não houve meio
A casa vazia e escura não lhe deixa mentir
O trágico corte final veio sem rodeio

Tamanha tristeza impossível de se medir
As lágrimas frias e secas molharam todo o passeio
Era mais um dia da vida que preferia não sentir

Jonatas Pierre

2 comentários:

  1. O poeta precisa olhar de outros ângulos.. ^^

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  2. "Entre a dor e o nada o que você escolhe" Carlos Drummond

    Ficar sem sentir é morrer em vida.

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