quarta-feira, 20 de abril de 2011

Acredito

Antes o encontro era marcado com um sincero abraço
Hoje no avanço, apenas lembranças do passado,
Que não servem nem pra lavar prato, pois é tudo reciclável.
Corrida insana maluca procurando sempre mais espaço
No coração já preenchido por uma ganância louca varrida
Que se pouco possui, não passa de um mero fracasso.
Humilhado e excluído pela amada mídia querida
Dona das rédeas da vida pacata e vazia
Justificando a falta de alegria com a falta de grana
Esquecendo que na própria infância divertia-se pulando ciranda.

O ouvido é só pra música e os olhos só na direção do próprio umbigo
O animal virou gente e a gente corre sem parar.
Os dias estão mais quentes, as pessoas mais carentes,
A futilidade mais presente. Será que o mundo está prestes a acabar?
O labirinto não tem saída, a quina agora é esquina,
E o consumo não para de aumentar
Viver já deixou de ser, o lema agora é sobreviver até quando aguentar,
Mas acredito no humano e nas mudanças necessárias.
No sentar em um topo e contar tudo,
Rindo como se fosse piada.

Jonatas Pierre

Nenhum comentário:

Postar um comentário