sábado, 2 de abril de 2011

Dama Noite

A poeira abaixou. O cheiro forte de terra molhada invade as narinas,
É fim de tarde, é mais um fim de dia.
A leve brisa denuncia a troca de turnos,
Os astros invertem seus postos e ficam opostos,
Mas, não deixam de reinar.

A luz ainda irradia, porém, o cheiro agora é da noite.
Já aponta a primeira estrela guia
Avisando com antecedência que chega cheia de mistérios,
Brilhando cadente pra que todos vejam
A dama dona da noite que já se põem a caminho.

É encanto aos olhos o vermelho sangue
Saindo do negro mar molhado, quente seca devagar.
O limpo lindo espelho reflete em distorção
Imenso clarão que não para de aumentar
Passando pelo pincel claro amarelo
Borrando o vermelho até em uma grande moeda d’ouro se transformar.

Dia pós dia sem falhar,
Às vezes escondida, mas, sempre presente lá.
Sobe a lua bonita permitindo graciosa beleza
Aos poucos que ficam parados no tempo a admirar.

Jonatas Pierre

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