terça-feira, 18 de setembro de 2012

In-das

O horizonte é azul, as estrelas guias me guiam. Nada por acaso, nado ao acaso e os dias... Os dias não param.
Labirinto perdido de idas em areias finas passando por lençóis freáticos frenéticos em movimento ao som de lamento onde lá mente a pobre mente.
Medo do ir, fuga do vir...
Trajeto composto in-adequavelmente exposto em uma mesa de bilhar.

É gente que chora,
É gente que sorri,
É gente que passa,
É gente que fica.

São certezas próprias de um futuro já vivido, lembranças natas de um passado que ainda será percebível. A mesma escada que serve para subir, também serve para descer. Cada quadro em seu ex-quadro do quadrado. A saudade marca o chão, o brinde levanta a poeira e a lua ilumina a escuridão.

São sombras das pegadas que com o tempo foram construídas, desgastes letais de uma alma ferida, cercada de medos e rodeadas de incertezas. Mas quem sabe? Quem não teme e treme... Nem todo salto é para o alto, nem todo risco é arriscado, nem toda ida é sem volta, nem toda reta está livre de curvas...

É do cultivo que se cresce, é do caminhar junto que se firma, é do estar presente que se fortalece. Quem ama floresce, não esquece, não cobra. Quem sabe valorizar sabe o que é colher... e colhe bem.

Jonatas Pierre

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