O horizonte é azul, as
estrelas guias me guiam. Nada por acaso, nado ao acaso e os dias... Os dias não
param.
Labirinto perdido de idas em
areias finas passando por lençóis freáticos frenéticos em movimento ao som de
lamento onde lá mente a pobre mente.
Medo do ir, fuga do vir...
Trajeto composto in-adequavelmente
exposto em uma mesa de bilhar.
É gente que chora,
É gente que sorri,
É gente que passa,
É gente que fica.
São certezas próprias de um
futuro já vivido, lembranças natas de um passado que ainda será percebível. A
mesma escada que serve para subir, também serve para descer. Cada quadro em seu
ex-quadro do quadrado. A saudade marca o chão, o brinde levanta a poeira e a
lua ilumina a escuridão.
São sombras das pegadas que
com o tempo foram construídas, desgastes letais de uma alma ferida, cercada de
medos e rodeadas de incertezas. Mas quem sabe? Quem não teme e treme... Nem
todo salto é para o alto, nem todo risco é arriscado, nem toda ida é sem volta,
nem toda reta está livre de curvas...
É do cultivo que se cresce,
é do caminhar junto que se firma, é do estar presente que se fortalece. Quem ama
floresce, não esquece, não cobra. Quem sabe valorizar sabe o que é colher... e
colhe bem.
Jonatas Pierre
Nenhum comentário:
Postar um comentário