quarta-feira, 11 de maio de 2011

Cedo

E o vento estava frio
A manhã nublada
Ruas caladas e vazias
Folhas voando soltas e sozinhas.

Os pássaros não saíram do ninho
Onde estavam as pessoas?
Portas e portões fechados
Silêncio ensurdecedor
E só as folhas velhas se moviam.

Os barulhos dos passos reproduziam ao eco
A esperança de um alguém
Ou ao menos um ninguém.

Gritar não adiantou
Correr nada alcançou
Chorar em nada aliviou

A angústia, o desespero e a dor
De fato, verdadeiramente só passou
Quando bem cedo tocou o despertador.

Jonatas Pierre

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