A
cada passo um passo, um compasso, um espaço.
Há
caminhos que não tem volta,
Há
voltas que nos tiram do caminho,
Há
caminhos que só dão voltas,
Há
voltas que embolam todos os caminhos.
As
horas marcam por de trás do avesso,
Um
dia termina tudo aquilo que já foi um começo,
Se
não sobe mais pelos cantos em prantos se escode,
Era
o arco da íris em plena crise que dura pra mais de dois mil anos.
Vento
leve fraco e sombrio,
Que
em todas as espinhas causa arrepio,
E
há quem duvide que não seja a mesma coisa,
E
há quem insiste que agora tudo é diferente,
E
há quem acredite que irá piorar muito daqui pra frente,
E
há quem finge que vive em um mundo todo sorridente.
Na
cara e na coroa do espanto escondido atrás dos dentes,
Na
vala e na vela da esperança de novos tempos vigentes,
Vibrando
timbrado na folha no papel amassado,
Ecoando
fileiras estreitas de um breve presente passado apertado.
Guilhotinas
apontadas pro silêncio vazio,
Armadilhas
armadas pra prender o futuro,
Cautelosas
estradas pro porto seguro,
Descansar
sentado a beira sombra em um sofá macio.
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