quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Voltas in Certas

A cada passo um passo, um compasso, um espaço.
Há caminhos que não tem volta,
Há voltas que nos tiram do caminho,
Há caminhos que só dão voltas,
Há voltas que embolam todos os caminhos.

As horas marcam por de trás do avesso,
Um dia termina tudo aquilo que já foi um começo,
Se não sobe mais pelos cantos em prantos se escode,
Era o arco da íris em plena crise que dura pra mais de dois mil anos.  

Vento leve fraco e sombrio,
Que em todas as espinhas causa arrepio,
E há quem duvide que não seja a mesma coisa,
E há quem insiste que agora tudo é diferente,
E há quem acredite que irá piorar muito daqui pra frente,
E há quem finge que vive em um mundo todo sorridente.

Na cara e na coroa do espanto escondido atrás dos dentes,
Na vala e na vela da esperança de novos tempos vigentes,
Vibrando timbrado na folha no papel amassado,
Ecoando fileiras estreitas de um breve presente passado apertado.

Guilhotinas apontadas pro silêncio vazio,
Armadilhas armadas pra prender o futuro,
Cautelosas estradas pro porto seguro,
Descansar sentado a beira sombra em um sofá macio.


Jonatas Pierre

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