domingo, 4 de janeiro de 2015

Sem Mascará

Peço licença do mundo por um instante, preciso flutuar um pouco.
Olhar de bem além dos mares, de bem aquém do meu ponto de fuga.

Sem barulho e sem entulho.
Só, espectador de um grandioso espetáculo chamado universo ou seria apenas um artista em seu monólogo com o universo inteiro como espectador?

Sem ventos e sem tormentos.
Sentir cada célula do corpo executando sua grandiosa e preciosa tarefa ou apenas ouvir atenciosamente a cada batida do coração?

Sem nome e sem tempo.
Não ter que se preocupar em identificar-se com números prefixados ou apenas ignorar a criação do amanhã imaginário anotado nas folhas do calendário de uma agenda?

Sem roupa e sem máscara.
Não se importar em combinar peças aleatórias para ficar apresentado ou apenas não necessitar multiplicar o seu ‘eu’ para adaptar-se aos diversos gostos?

Para cada pergunta existem diversas repostas e diversas outras perguntas nascem e morrem. É o grande ‘ciclo linear’, tudo acontece de novo, o novamente ocorrido não é exatamente igual em todos os contextos e concepções, mas que já aconteceu, isso eu sei.
Quero ler o meu livro da vida, mas só até a página do ontem, na de hoje eu ainda posso rabiscar tudo.

Então corra enquanto consegue correr.
Dance enquanto consegue dançar e enquanto a música não parar de tocar.
Assovie suas canções preferidas.
Bata palmas.
Pule.
Chore.
Sorria.
Viva.


Jonatas Pierre



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